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No Couto Pereira, treinador promoveu ingresso de Chay e Romildo Del Piage como titulares para tentar resolver problemas na criação. Estratégia não teve sucesso
O Botafogo perdeu a primeira sob o comando de Luís Castro neste domingo (29), contra o Coritiba, no Couto Pereira, pela oitava rodada do Brasileirão. Após a partida, o treinador explicou as dificuldades do time no jogo:
- Tem sido difícil o meio de campo. Tem sido difícil porque normalmente nós construímos uma equipe durante a pré-temporada e não temos tido esse tempo e estamos fazendo durante a temporada. Se eu fizesse isso ao longo da pré-temporada seria considerado normal. Como é feito durante o campeonato, há muita oscilação – justificou Luís Castro.
Luís Castro começou a partida com uma escalação diferente da do último jogo: colocou Romildo Del Piage e Chay para compor o meio de campo com o volante Oyama. A tentativa era amenizar o problema na criação que o Botafogo vem enfrentando.
- Del Piage é um jogador que tem uma boa saída de bola quando pega o jogo de frente e poderia servir o Chay, por exemplo. O Coritiba lançou pressão nos nossos volantes e não conseguimos sair de uma forma limpa. Num lançamento para Erison e Victor Sá que consigamos gerar perigo ao gol do Coritiba. Hoje só conseguimos fazer nossa estratégia após um período do jogo. Hoje não chegamos a gol que nos dessem pontos. Vamos seguir trabalhando. Estamos desiludidos porque não conseguimos fazer aquilo que a torcida mais gosta, que é pontos – disse.
Com essas duas mudanças, o treinador continua sem repetir escalação. O motivo, para ele, é o fato de ainda não encontrar o melhor funcionamento da equipe.
– O ideal é ter um 11 base, que jogue de forma regular, que leve nossa forma de jogar para dentro de campo de forma regular e constante, que não tenha tantas oscilações de jogo para jogo, só uma mudança ou outra. Hoje fizemos duas mudanças, nada mais. Mudamos de forma um pouco limitada. Não é desculpa, mas dois homens da nossa linha de ataque, Gustavo Sauer e Vinícius Lopes, não vieram. São jogadores que podem mudar o jogo ofensivo de alguma forma. Quero muito um 11 base, não temos conseguido que isso aconteça, mas por escolha, é claro – afirmou. Veja outras respostas:
Jogadores estão em desníveis técnicos e físicos?
– Sim, nós temos jogadores que já estavam dentro da equipe, outros que vieram do Campeonato Português, outros que não vinham jogando. Eu assumo a responsabilidade da derrota. Sou o treinador e assumo isso, o único responsável para fora do clube. Por mais que se cobre dos nossos jogadores, também tem uma equipe do outro lado. Uma coisa é não jogar tão bem, outra é dominar o jogo. Nós dominamos algumas vezes e criamos oportunidades.
Botafogo finalizou 16 vezes, mas só três no alvo:
– O Coritiba finalizou mais vezes dentro da área do que nós. Nos dados estatísticos, fomos superiores em tudo, mas o Coritiba nos criou muitas dificuldades. Entrou melhor, equilibramos aos 15 minutos. Sofremos o gol nas costas da nossa linha. Nós chegamos muito à zona de finalização, mas não tomamos a melhor decisão. A tomada de decisão é algo que está sendo fatal para nós. A equipe percorre bem até lá (zona de finalização), mas não consegue entrar na última linha, ou tenta chegar à finalização sem eficácia. Faz parte das características dos jogadores e tentamos mudar nos trabalhos diários. Vai chegar o momento em que nosso volume ofensivo e posse de bola se converterá em finalizações de qualidade, que nos tem faltado. Finalizamos muito, mas não da melhor forma.
Semana cheia de treino ajuda?
O que eu vejo no final de cada temporada são as equipes que jogam Champions, Libertadores, Sul-Americana até o fim, que normalmente ganham. São as equipes que jogam muito. Então nos é benéfico ou maléfico as equipes jogarem no meio da semana? Aumenta ou diminui a competitividade? Para mim, que joguei nos últimos anos Champions e Liga Europa tendo jogos seguidos, digo que as equipes rendem mais quando jogam no meio da semana. E rendem mais porque a competitividade aumenta. Muitas vezes, aquilo que queremos ver implementado nas equipes acontece nos jogos. Quanto mais jogos tivermos, conseguimos isso mais rapidamente. O treino é bom para passarmos nossas ideias, mas os jogos são bons para aumentar nossa competitividade.
Fonte: Ge
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