Grêmio precisará buscar receitas para não ficar no vermelho

Imagem: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

O Grêmio tem monitorado o mercado da bola constantemente. Depois de fechar com Lucas Leiva, Guilherme e Thaciano, o clube ainda busca oportunidades para completar o elenco do Tricolor para o restante da temporada de 2022. Da mesma forma, o clube precisa abrir espaço na folha salarial e está disposto a negociar atletas para aliviar os gastos.

No ano do rebaixamento, o Tricolor atingiu a sua maior folha salarial da história, algo na casa dos R$ 15 milhões mensais. Para a Série B de 2022, o plano da direção gremista era diminuir esse valor pela metade, para que pudesse ter um fluxo de caixa mais responsável. Contudo, mesmo com a saída de alguns atletas no início da temporada, a folha do Grêmio ainda gira em torno de aproximadamente R$10,5 milhões, muito acima para a realidade da Série B.

Amodeo expõe necessidade de empréstimo

E esse fato está dificultando a vida financeira do clube. Com um decréscimo de receitas estimadas em R$200 milhões de uma temporada para outra, o clube tem que fazer movimentos para se manter com as finanças em dia. Se no primeiro semestre o clube conseguiu administrar as contas graças aos bons anos anteriores em relação aos números, no segundo semestre a situação será diferente.

O primeiro passo foi a alteração do dia de pagamento do direito de imagem aos jogadores. Os atletas recebiam no dia 20, junto com o pagamento dos salários, porém, a data do pagamento de imagem foi alterado para o dia 30, para conciliar com as receitas. O CEO do Grêmio, Carlos Amodeo, falou a GZH e admitiu que o Tricolor Gaúcho pode ir buscar empréstimos para o segundo semestre, sendo que a estimativa deve iniciar a partir do mês de setembro.

“É natural que, ao longo do segundo semestre, essa situação se modifique e tenhamos necessidade de buscar recursos no mercado financeiro, para fazer frente a essa diferença entre custeio mensal e arrecadação. Nenhum clube do porte do Grêmio passa impunemente por queda de R$ 200 milhões de arrecadação. O ponto é que, se não tivéssemos feito trabalho consistente nos últimos anos e chegado estáveis a 2021, com o descenso, o clube teria dificuldades muito mais relevantes”, disse Amodeo.